Preocupada com o aumento significativo de casos de gripe em Portugal, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, de 60 anos, anunciou o prolongamento dos horários dos centros e serviços de atendimento clínico.
Na última semana, foram registados cerca de 700 novos casos por cada 100 mil habitantes, valor que levou o Ministério da Saúde e a Direção-Geral da Saúde (DGS) a alertarem os portugueses para as próximas semanas, que consideram particularmente desafiantes.
A diretora-geral da Saúde, Rita Sá Machado, adiantou que o número de infeções continua a subir, embora ainda não tenha sido atingido o limiar epidémico. Reforçou também a necessidade de comportamentos preventivos, dizendo que, “sempre que se tem sintomas respiratórios e se vai aos cuidados de saúde, [se deve] fazer a utilização da máscara”, lembrando ainda a importância de lavar as mãos, tossir para o cotovelo e arejar divisões.
Com o aumento da atividade gripal, o Governo decidiu avançar com a criação imediata de uma task force para monitorizar diariamente a evolução da doença, antecipando uma maior procura das urgências, algo que já se faz sentir em várias zonas do País. Apesar do cenário exigente, Ana Paula Martins assegurou que o SNS está preparado para dar resposta, indicando que os hospitais poderão suspender cirurgias não urgentes sempre que isso contribuir para reforçar a capacidade assistencial.
O INEM irá igualmente recorrer a ambulâncias da Proteção Civil e da Cruz Vermelha, enquanto a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa disponibilizou novas camas sociais e de apoio, e prepara uma resposta adicional para as próximas semanas.
Recorde-se que Ana Paula Martins, de 60 anos, reforçou que todo o sistema, desde hospitais e centros de saúde ao INEM, à DGS, ao Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e à Direção Executiva do SNS, está articulado para responder ao aumento previsto dos casos, sublinhando que quase 2,3 milhões de pessoas já receberam a vacina da gripe. “Posso assegurar que as nossas instituições estão preparadas e articuladas […] para dar a melhor resposta possível aos portugueses, desde a prevenção até ao tratamento.”
A ministra explicou também que Portugal está a acompanhar a tendência ascendente observada noutros países europeus e que o impacto será maior nas próximas semanas, uma vez que a temporada gripal começou cerca de um mês mais cedo do que o habitual. Esta antecipação aumenta o risco entre os grupos mais vulneráveis, como idosos e doentes crónicos, motivo que levou o Governo a acelerar medidas de reforço e vigilância.