Miguel Relvas, 63 anos, tem ideias muito concretas sobre o que deverá ser o futuro da Europa em relação com África.
O antigo ministro dos Assuntos Parlamentares vê nas tarifas impostas por Donald Trump, à União Europeia, uma dificuldade que pode gerar novas oportunidades.
A reflexão surge ao mesmo tempo que mais um país da CPLP, São Tomé, pensa em aderir à Commonwealth, depois de Moçambique já o ter feito.
O gestor e político explica, agora em conversa com o 24Horas, que já não existe o poder do Império Britânico desde que o Reino Unido saiu da União Europeia. Assim, os países da União Europeia devem privilegiar uma aliança com os países africanos.
No caso de Portugal, em relação às antigas colónias, o também comentador da CNN Portugal acredita que está numa posição privilegiada para conseguir, através da diplomacia, um papel de mediação para defender novas parcerias entre a União Europeia e África.
Além das novas oportunidades de negócio a União Europeia deve, na opinião de Relvas, oferecer incentivos aos países africanos, no âmbito de uma nova política, para que também desenvolva a sua indústria e agricultura.
Com todos estes ingredientes, a União Europeia poderá encontrar, plenamente, um novo e enorme parceiro de negócios, no continente africano.