A capital timorense, Díli, foi palco esta segunda-feira de momentos de tensão, quando a Polícia Nacional de Timor-Leste recorreu a gás lacrimogéneo e balas de borracha para dispersar uma manifestação estudantil junto ao Parlamento.
O protesto, motivado pela decisão do governo de adquirir novos veículos para os deputados em plena crise socioeconómica, rapidamente escalou após tentativas dos manifestantes de invadir o edifício parlamentar. Os novos carros têm um curso de três milhões de dólares.
Três pessoas ficaram feridas e várias foram detidas, num episódio que reacendeu o debate sobre a resposta das autoridades à contestação social.
O presidente José Ramos-Horta reagiu prontamente, apelando ao diálogo e ao fim da violência. “A nossa democracia só se fortalece com respeito mútuo e escuta ativa”, afirmou, sublinhando a necessidade de evitar confrontos e de procurar soluções pacíficas para as divergências.