O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alterou a sua posição sobre a divulgação dos documentos relacionados com Jeffrey Epstein.
Depois de ter resistido à divulgação, Trump encorajou este domingo, 16 de novembro, os republicanos da Câmara dos Representantes a votar a favor da divulgação destes ficheiros, afirmando que “não temos nada a esconder”. Esta reviravolta surge num contexto de crescente pressão política para que o Departamento de Justiça torne públicos todos os documentos do caso Epstein, incluindo comunicações, relatórios de investigação e detalhes sobre a morte do milionário na prisão.
A iniciativa de divulgação dos ficheiros conta com apoio de republicanos e democratas, que defendem transparência total sobre as ligações de Epstein a figuras influentes, incluindo políticos e banqueiros. O movimento coincide com pedidos de vítimas de Epstein, que criticam a divulgação parcial das mais de 33 mil páginas já tornadas públicas, alegando que partes censuradas escondem informações essenciais e que a verdade tem sido manipulada por interesses políticos.
Trump ordenou também que o Departamento de Justiça investigue supostas ligações de Epstein a figuras democratas de alto perfil, como o antigo presidente Bill Clinton, bem como a instituições financeiras.
A posição anterior de Trump gerou fricções internas entre os republicanos, com aliados próximos, como a congressista Marjorie Taylor Greene, a criticar a relutância inicial da Casa Branca e a exigir maior transparência. Paralelamente, a Casa Branca tem negado qualquer cumplicidade de Trump com Epstein, classificando como falsas as alegações de que estaria a par de comportamentos ilegais do magnata.