A Maratona de Lisboa de 2025 confirmou, uma vez mais, o domínio africano nas grandes distâncias, com o queniano Zablon Chumba e a etíope Abebech Afework Bekele a imporem-se entre um pelotão de 15 mil corredores, numa edição marcada por um novo percurso entre Carcavelos e o Terreiro do Paço. Chumba, de 33 anos, cortou a meta em 2:07:11, estabelecendo um novo recorde pessoal e reforçando o seu estatuto entre a elite mundial do atletismo. Bekele, por sua vez, destacou-se no setor feminino, consolidando a tradição etíope nas maratonas internacionais.
O evento, que se afirmou como um dos mais relevantes do calendário desportivo nacional, voltou a atrair atletas de topo, mas também milhares de amadores, num ambiente de festa e superação. Curiosamente, o melhor português não pertenceu ao grupo de elite, o que reacende o debate sobre o espaço dos atletas nacionais face à crescente internacionalização da prova.
A organização foi elogiada pela qualidade logística e pelo impacto positivo na promoção de Lisboa como destino de desporto e turismo. Segundo Chumba, “a energia do público lisboeta foi fundamental para manter o ritmo e alcançar esta marca”. Especialistas sublinham que a Maratona de Lisboa é hoje um exemplo de profissionalismo e capacidade de mobilização, mas alertam para a necessidade de criar condições que estimulem o surgimento de novos talentos portugueses.
Olhando para o futuro, a expectativa é de que a prova continue a crescer em dimensão e prestígio, mantendo o equilíbrio entre a excelência competitiva e a participação popular. Num país onde o desporto é cada vez mais visto como fator de coesão social e promoção da saúde, eventos como este são fundamentais para alimentar o espírito nacional e inspirar novas gerações.


