Numa cerimónia carregada de simbolismo, o Rei Carlos III inaugurou ontem o primeiro memorial nacional dedicado aos veteranos LGBT das Forças Armadas, assinalando um marco histórico na luta pelo reconhecimento e dignidade destes militares.
O evento decorreu em Londres, reunindo antigos combatentes, representantes de associações LGBT e membros do Governo, numa homenagem que pretende reparar décadas de discriminação institucional.
Durante décadas, a presença de pessoas LGBT nas fileiras militares foi alvo de estigma e exclusão. Só em 2000 foi finalmente levantada a proibição que impedia estes cidadãos de servir abertamente, deixando um legado de injustiça e silenciamento.
O memorial, erguido no coração da capital, pretende ser um espaço de memória, reflexão e orgulho, reconhecendo o contributo de milhares de homens e mulheres que serviram o país, muitas vezes à custa da sua própria identidade.
“Este memorial é um tributo à coragem e resiliência dos nossos veteranos LGBT, que enfrentaram não só os perigos do serviço, mas também a incompreensão e o preconceito”, afirmou o Rei Carlos III, sublinhando a importância de “honrar todos os que serviram, independentemente da sua orientação sexual ou identidade de género”.