André Ventura, de 42 anos, publicou um vídeo na sua conta pessoal do Facebook onde se mostrava muito revoltado com a libertação dos suspeitos de matar o GNR na perseguição no Guadiana.
“Olhem para esta notícia e depois digam se sou eu que sou radical”, começou por dizer o líder do Chega. “Ontem morreu um GNR numa operação de combate ao tráfico de droga contra estes traficantes que estão a inundar a nossa costa. Um destes homens, um dos melhores polícias no Algarve morreu”, acrescentou.
Mas Ventura não se ficou por aqui: “Foram apanhados estes indivíduos, uns espanhóis traficantes de droga, com imenso dinheiro no carro e já há muito tempo referenciados pelas autoridades. O que é que lhes aconteceu? Ficaram em liberdade. Então a polícia perdeu a vida. Para quê?”
Algo que deixou o fundador do partido ainda mais chateado é o facto dos suspeitos se irem “pirar já, de certeza e nunca mais vão pôr os pés em Portugal ou enfrentar a justiça portuguesa. Traficantes de droga que matam polícias e ficam em liberdade. É este o país que queremos? É isto que queremos dar para o futuro.”
Os dois cidadãos espanhóis, suspeitos de estarem envolvidos na morte do militar da GNR durante uma operação de combate ao narcotráfico no rio Guadiana, foram constituídos arguidos e ficaram em liberdade, sujeitos apenas a termo de identidade e residência.
De acordo com a GNR, os homens foram detidos para identificação no final da tarde de ontem e, mais tarde, interrogados pela Polícia Judiciária (PJ), que decidiu libertá-los durante a madrugada. Ambos já eram conhecidos das autoridades por envolvimento em atividades de tráfico de droga. No momento da abordagem, seguiam num automóvel com matrícula espanhola e tinham em sua posse elevadas quantias de dinheiro.