O gabinete de segurança do governo israelita aprovou, durante a madrugada desta sexta-feira, dia 8, o plano militar proposto pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, para ocupar a cidade de Gaza.
“As Forças de Defesa de Israel (IDF) preparar-se-ão para assumir o controlo da cidade de Gaza, garantindo ao mesmo tempo a prestação de ajuda humanitária à população civil fora das zonas de combate”, divulga o governo israelita num comunicado.
O plano de ocupação passa por cinco fases: desarmar o Hamas, fazer regressar todos os reféns (com ou sem vida), desmilitarizar e controlar a segurança de Faixa de Gaza e, por fim, estabelecer uma “administração civil alternativa” para o enclave.
Antes da reunião, que durou dez horas, Netanyahu admitiu que não pretende governar a Faixa de Gaza, mas, sim, entregá-la às “forças árabes que a governem”.
Temendo mais mortes, quando o mundo já considera que há um genocídio na Palestina, muitos países já reagiram à decisão do governo israelita. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, por exemplo, recorda que a ofensiva “só trará mais derramamento de sangue”.
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Penny Wong, alerta que o plano de ocupar a cidade de Gaza “só agravará a catástrofe humanitária”.
Já o Egito adverte que a proposta israelita levará o Hamas a executar os reféns.