O Serviço Nacional de Saúde (SNS) comemora esta segunda-feira 46 anos de história.
Criado através da lei n.º 56/79 de 15 de setembro de 1979, no período governativo de Maria de Lourdes Pintasilgo, o SNS tem como objetivo garantir às pessoas o acesso a cuidados de saúde públicos.
Mais de quatro décadas depois da sua fundação o serviço de saúde do Estado atravessa uma das maiores crises do seu percurso.
“O problema principal é a falta de recursos humanos, nomeadamente, de médicos, de enfermeiros, de psicólogos, de técnicos, de uma série de outras profissões”, afirmou à Lusa o bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, de 55 anos.
Atualmente com mais de 150 mil trabalhadores, o SNS custa aos cofres portugueses cerca de 15 mil milhões anuais.
Recorde-se que no último fim-de-semana, voltou a encerrar a urgência de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital Garcia de Orta devido à falta de médicos para assegurar as escalas, obrigando à deslocação das utentes para hospitais de Lisboa por inexistência de resposta na Península de Setúbal.
Em julho, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, garantiu que esta urgência estaria a funcionar em pleno a partir do dia 1 de setembro.
Também a urgência do hospital de Évora limitou as admissões este fim de semana devido à elevada afluência de doentes e redução da equipa clínica.