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  • 'As redes sociais estão a dar cabo do nosso modo de vida', Miguel Sousa Tavares
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Com o Natal à porta, muitas famílias estão a pensar comprar o bacalhau quanto antes. E porquê? O aumento de preço do rei da mesa portuguesa tem vindo a acentuar-se e pode piorar. “Agora, o bacalhau intermédio, nem é do melhor nem do pior, já está a vinte e tal euros o quilo. Para o Natal nem sei a quanto vai estar! Eu vou já comprar”, conta ao 24Horas Anabela Marques, 72 anos, dona de casa.

Com a subida dos preços, o bacalhau arrisca tornar-se um produto de luxo. “O bacalhau vai passar a ser o bife da vazia dos peixes. Vai transformar-se num produto premium, inacessível para muitos portugueses”, prevê Jorge Camarneiro, vice-presidente da Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME)

O bacalhau que se come em Portugal vinha, até terem sido impostas sanções à Rússia, sobretudo daquele país. Congelado em alto mar, era assim enviado para o nosso país e depois transformado em bacalhau seco, salgado ou ultracongelado. Esta relação privilegiada entre Portugal e a Rússia já vinha dos anos 90.

De acordo com a Euronews, a Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME) apelou ao Governo para criar um regime de exceção que permita atenuar o impacto das restrições impostas pela União Europeia. O pedido foi apresentado numa reunião com o secretário de Estado das Pescas e do Mar, Salvador Malheiro.

As tarifas de 12%, que estavam em vigor desde janeiro de 2024, já tinham dificultado a atividade industrial, mas foi o 17º pacote de sanções da União Europeia, em vigor desde 21 de maio de 2025, que agravou o problema. O 17º pacote de sanções foi direcionado à chamada “frota fantasma” russa e a operadores do setor energético, incluiundo também duas grandes empresas de pesca: a Norebo JSC e a Murman Sea Food.

A Norebo, que assegurava cerca de 60% das exportações de bacalhau russo, era um dos principais fornecedores de Portugal. Jorge Camarneiro, vice-presidente da CCPME conta que a empresa “tinha construído uma fábrica de transformação de bacalhau salgado verde” e fornecia até 25 mil toneladas anuais isentas de direitos aduaneiros. Com a inclusão na lista de proibição da União Europeia, esse canal de fornecimento desapareceu.

Portugal ficou assim dependente de alternativas mais caras, como a Noruega, a Islândia, a Gronelândia e o Canadá — este último apenas recentemente autorizado a retomar a pesca comercial.

Certo é que o bacalhau pode encarecer a um ponto que poderá não estar presente em todas as mesas de Consoada, este ano. Atualmente, o bacalhau que chega a Portugal é pescado no Mar de Barents, onde as quotas são divididas em partes iguais entre a Noruega e a Rússia. Essa dependência tem agravado os custos, tornando o produto final mais caro para os consumidores portugueses. “Estamos numa situação de concorrência desleal, porque os noruegueses conseguem colocar o bacalhau em Portugal a preços incomportáveis para a maioria das carteiras”, alerta Camarneiro.

A CCPME insiste que o Governo português deve adotar um regime de exceção semelhante ao aplicado por outros países em setores estratégicos, como o petróleo e o gás. “A Rússia tem navios de maior porte onde pescam, limpam e congelam a bordo. São os únicos que têm matéria-prima com esta capacidade, essencial para a indústria portuguesa”, sublinha Camarneiro.

Para o vice-presidente da CCPME “toda a indústria do bacalhau está em risco”, com centenas de postos de trabalho ameaçados e uma concorrência cada vez mais desigual. O secretário de Estado das Pescas e do Mar mostrou-se “genuinamente preocupado” e comprometeu-se a levar o tema ao Conselho de Ministros.

Se os preços subirem muito, como esperado, há sempre a possibilidade de os consumidores optarem por partes menos nobres e mais baratas, como as postas finas, as embalagens para caldeirada, badanas, caras ou bacalhau desfiado.

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