A China está na vanguarda da transformação urbana, apostando em tecnologia de ponta para monitorizar e gerir a vida quotidiana dos seus cidadãos.
Em metrópoles como Hangzhou, milhares de câmaras inteligentes com reconhecimento facial vigiam ruas e cruzamentos, identificando infrações em tempo real e contribuindo para uma gestão mais eficiente do trânsito e da segurança pública. Segundo o G1, estas soluções tecnológicas são vistas como essenciais para reduzir a criminalidade e aumentar a eficácia dos serviços urbanos.
No quotidiano, aplicações como o WeChat e o Alipay, tornaram-se indispensáveis. Estas plataformas multifuncionais permitem aos cidadãos efetuar pagamentos, aceder a transportes e até interagir com serviços públicos, enquanto recolhem uma vasta quantidade de dados sobre hábitos e deslocações. Esta recolha massiva de informação levanta, contudo, preocupações sobre a privacidade e o controlo social, uma vez que as autoridades têm acesso a dados detalhados sobre a população.
A presença de robôs nas cidades chinesas é cada vez mais visível, desde patrulhas de segurança em centros comerciais até à limpeza urbana automatizada. Estes dispositivos não só auxiliam na manutenção da ordem, como também recolhem dados e alertam as autoridades para comportamentos suspeitos.
Apesar dos benefícios em termos de segurança e eficiência, cresce o debate sobre os limites éticos desta vigilância em massa. Organizações de direitos humanos alertam para o risco de repressão e erosão da privacidade individual, especialmente num contexto em que o sistema de crédito social pode associar comportamentos a consequências diretas na vida dos cidadãos.