Mais de uma centena de trabalhadores vai perder o emprego após o Grupo Siemens ter decidido encerrar a fábrica de Oliveira de Frades. A empresa justifica a medida com a ausência de novas encomendas para a produção de torres eólicas.
Esta segunda-feira, dia 27, os funcionários foram convocados para uma reunião geral onde, ao fim de cerca de uma hora, lhes foi comunicado o arranque de um processo de despedimento coletivo.
De acordo com a SIC, todos os trabalhadores da unidade estão abrangidos nesta fase inicial. Aproximadamente cem pessoas receberam já a documentação relativa aos procedimentos a seguir.
A unidade industrial, que empregava cerca de 120 pessoas, iniciou atividade há menos de cinco anos e dedicava-se à construção e manutenção de componentes para torres eólicas.
No início do mês, o grupo já tinha dispensado colaboradores contratados através de empresas de trabalho temporário. Agora, a decisão afeta também os trabalhadores do quadro permanente.
Nas instalações permanecem, por enquanto, apenas alguns elementos ligados à administração e à manutenção, sem qualquer garantia quanto ao futuro da operação.
Em resposta à SIC, a Siemens Gamesa explicou que o encerramento se deve à necessidade de ajustar a atividade num “mercado altamente dinâmico”, procurando recuperar competitividade e rentabilidade. A empresa admite que não existem encomendas previstas para os próximos anos.
A multinacional acrescenta que está empenhada em reduzir o impacto social da decisão e prevê oferecer novas funções, dentro do próprio grupo, a cerca de metade dos trabalhadores afetados.
Recorde-se que, em janeiro deste ano, a Siemens já tinha dispensado mais de 220 trabalhadores da unidade de Vagos, justificando a medida com uma reestruturação motivada pela quebra nas vendas. No final de 2023, a empresa detetou problemas técnicos em dois produtos, o que levou à interrupção temporária das vendas e à necessidade de ajustar a capacidade produtiva dessa fábrica.