Dois suspeitos do assalto ao Museu do Louvre, ocorrido há uma semana, foram detidos na noite deste sábado, dia 25.
Segundo as autoridades francesas, os detidos, ambos na casa dos 30 anos e oriundos de Seine-Saint-Denis, foram capturados numa operação policial que permitiu recuperar parte dos bens roubados. A investigação aponta para uma rede criminosa com ramificações internacionais já que um deles foi intercetado no Aeroporto Charles de Gaulle, quando se preparava para embarcar num voo com destino à Argélia. O segundo suspeito foi detido na capital francesa.
Ambos já tinham registo criminal e eram conhecidos das autoridades policiais e judiciais. Os dois encontram-se agora sob custódia policial, enquanto prossegue a investigação para recuperar as joias roubadas.
Especialistas em segurança de museus sublinham que os métodos utilizados pelos criminosos obriga a uma revisão urgente dos protocolos de segurança. Casos como o do roubo de obras de arte em museus devem motivar o reforço de sistemas de videovigilância e a aposta em tecnologia de reconhecimento facial, mas a escassez de recursos é um entrave.
O assalto ao Louvre poderá acelerar a discussão sobre a necessidade de legislação europeia mais robusta para a proteção do património cultural, bem como incentivar a cooperação internacional entre forças policiais. No entanto, subsiste o dilema entre garantir a segurança e manter o acesso público à arte, um equilíbrio delicado que exige soluções inovadoras.
Em última análise, o caso do Louvre serve de alerta para Portugal: a proteção do património cultural não pode ser descurada, sob pena de se perderem, irremediavelmente, peças de valor incalculável para a identidade coletiva.