Os diários Jornal de Notícias (JN) e O Jogo, hoje propriedade da Notícias Ilimitadas (NI), uma empresa que tem como ‘cabeça de cartaz’ o antigo jornalista Domingos Andrade, estão a atravessar uma situação difícil, que poderá levar mesmo a que, a curto-prazo, sejam obrigados a suspender a impressão de ambos os títulos, abandonando assim a presença em banca.
Tudo porque, o valor da dívida junto da Naveprinter e da Gráfica Funchalense, as empresas que têm a seu cargo a impressão desses títulos, atingiu valores considerados inadmissíveis, o que, tudo o indica, poderá levar essas gráficas, uma na Maia, e outra de Sintra, a recusar-se, já nos próximos dias, a imprimir o JN e O Jogo.
Segundo o que 24Horas apurou, a dívida, tanto vencida, como a vencer, da Notícias Ilimitadas a estas duas empresas aproxima-se já dos 700 mil euros, um valor que dificilmente, tanto a Naveprinter, como a Funchalense, poderão suportar durante muito mais tempo: “Esta situação está a comprometer seriamente os investimentos que as gráficas são obrigadas a fazer continuamente”, confidenciou uma fonte.
O 24Horas sabe que uma das gráficas já terá mesmo formalizado via mail um ‘ultimato’ à administração da NI, exigindo o pagamento do valor vencido à data de 30 de Setembro, sob pena de não se encontrar disponível para, nas palavras de uma fonte, “continuar a financiar” a impressão do JN e do O Jogo.
Contactadas no sentido de comentar o iminente ‘corte’ na impressão dos títulos da NI, nenhuma das empresas – quer a Naveprinter, quer a Funchalense – quis fazer qualquer comentário sobre o assunto.
Esta situação de incumprimento por parte da NI junto das gráficas, aliás, soma-se a outras situações idênticas, nomeadamente o atraso existente no pagamento das prestações devidas à Global Media, referentes ao acordo de venda das marcas estabelecido em Julho do ano passado, o que está a causar um profundo mau estar entre ambas as empresas.
Já sobre o rumor que circulou nos últimos dias no meio jornalístico, sobre um suposto atraso no pagamento da totalidade dos salários e outras obrigações contratuais para com os seus trabalhadores, por parte da NI, contactado pelo 24Horas, Domingos Andrade garantiu que esses compromissos estariam “integralmente cumpridos”.