O número de imigrantes em Portugal diminuiu 2%, entre 2023 e 2024, segundo o relatório mais recente da OCDE sobre migrações, com uma quebra de quase 50% nos reagrupamentos familiares, mas um aumento de 9% nas entradas para trabalhar. Por outro lado, a emigração de cidadãos portugueses para países da OCDE aumentou 4% em 2023, para 61 mil, sendo que aproximadamente 21% deste grupo emigrou para a Suíça, 19% para Espanha e 12% para França.
Segundo o relatório, divulgado esta segunda-feira, dia 3, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que reúne 38 países, em 2024, Portugal recebeu 138 mil novos imigrantes a longo prazo ou permanentes, o que representa uma descida de 1,9%, em comparação com 2023. “Este número inclui 28% de imigrantes que beneficiam de livre circulação, 44% de migrantes laborais e 14% de familiares (incluindo familiares acompanhantes)”, lê-se no relatório, que analisa a evolução dos fluxos migratórios.
Em relação à imigração de longo prazo, e na comparação entre 2023 e 2024, a OCDE refere que, em Portugal, houve um aumento de 9% no número de imigrantes que entraram no País para trabalhar, ao mesmo tempo que se registou uma descida de 46% em relação aos casos de reagrupamento familiar.
O Brasil, Angola e Cabo Verde foram as três principais nacionalidades dos recém-chegados, em 2023, e, entre os 15 principais países de origem, o Brasil registou o maior aumento nos fluxos para Portugal, em comparação com o ano anterior.