A Câmara Municipal de Lisboa, liderada por Carlos Moedas, decidiu esta quarta-feira, dia 22, conceder 7,24 milhões de euros para apoiar a próxima edição da Web Summit, depois de uma proposta semelhante ter sido rejeitada em setembro. A aprovação foi possível graças a uma nova revisão orçamental apresentada pelo executivo… e com o aval do PS.
Em sessão extraordinária, o financiamento destinado ao evento – que se realizará entre 10 e 13 de novembro – recebeu o voto favorável do PS, que, na votação anterior, tinha bloqueado a proposta da coligação PSD/CDS-PP. Na altura, os socialistas argumentaram que a alteração orçamental implicava a retirada de fundos à Gebalis, empresa municipal responsável pelos bairros sociais, algo que já não acontece na versão atual do plano.
O vereador Pedro Anastácio destacou, em declarações à agência Lusa, que o PS não tem objeções à atribuição de apoio à Web Summit e que a discordância anterior se prendia apenas com a forma da alteração orçamental, agora corrigida.
A votação contou com o apoio de PSD/CDS-PP e PS, enquanto PCP, Livre, BE e Cidadãos Por Lisboa se abstiveram ou votaram contra, criticando a transferência de fundos públicos para um evento privado. As críticas centram-se na necessidade de priorizar apoios a áreas sociais e a natureza lucrativa do evento, embora reconheçam o impacto internacional positivo da conferência.
Recorde-se que a Web Summit chegou a Lisboa em 2016 e deverá permanecer na cidade até 2028. O apoio financeiro do município resulta de compromissos contratuais assumidos anteriormente e visa garantir que não haja penalidades ou prejuízos para Lisboa caso o evento não se realize.