Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), apresentado esta terça-feira, 16, conclui que o Estado israelita está a cometer um crime de genocídio em Gaza.
Segundo o documento redigido por um conjunto de investigadores da Comissão Internacional Independente de Investigação da ONU, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o presidente Isaac Herzog e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant “incentivaram um crime de genocídio” na Faixa de Gaza. O relatório acrescenta que “as autoridades israelitas não tomaram medidas para punir essa incitação”, recaindo, por isso, a responsabilidade deste crime sobre o Estado de Israel.
A investigação, que é publicada quase dois anos depois do inicio da guerra entre Israel e a Palestina, refere que há motivos para concluir que ao longo deste conflito quatro dos cinco atos genocidas estabelecidos pelo direito internacional foram concretizados.
Recorde-se que a guerra teve inicio a 7 de outubro de 2023, na sequência de um ataque organizado pelo Hamas no sul de Israel, que matou 1200 pessoas e fez 251 reféns.
Israel retaliou com uma ofensiva sobre o território palestiniano, que é controlado pelo grupo terrorista. Um ataque que se estima já ter provocado cerca de pelo menos 65 mil mortes.