Durante décadas, a chamada “curva da infelicidade” sugeria que o mal-estar atingia o seu auge na meia-idade, desenhando um padrão em “U” na satisfação com a vida.
No entanto, investigações recentes desafiam esta ideia, apontando para uma antecipação do pico de insatisfação, agora mais frequente entre jovens adultos, sobretudo na casa dos 20 e 30 anos.
Em Portugal, tal como noutros países europeus, a crise de bem-estar parece estar a deslocar-se para faixas etárias mais jovens. Fatores como a precariedade laboral, o aumento do custo de vida, a pressão social e as expectativas criadas pelas redes sociais têm contribuído para um aumento do mal-estar entre os mais novos.
Dados internacionais reforçam esta tendência. A BBC reporta que, em 134 países, a insatisfação na faixa dos 20 aos 30 anos está a crescer. Segundo um estudo citado pelo El Español, a insatisfação já não é exclusiva da meia-idade, sendo que muitos jovens adultos relatam níveis de felicidade inferiores aos registados há uma década.