Darfur, no Sudão, está devastada pela guerra. Pelo menos 460 pessoas foram assassinadas pelos rebeldes paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla original), que capturaram a região, lançando uma onda de grande violência. Os relatos e as imagens dão conta de dezenas de corpos espalhados, trincheiras cheias de cadáveres e veículos em chamas.
De acordo com o ABC News, os homicídios em massa aconteceram em menos de 72 horas, após os rebeldes assumirem o controlo de Dafur. O Laboratório de Pesquisa Humanitária da Escola de Saúde Pública de Yale, nos EUA, avança que é possível ver manchas de sangue em imagens de satélite. Além disto, os pesquisadores conseguiram observar zonas com descoloração, que são compatíveis com a aparência de corpos humanos.
O investigador norte-americano Nathaniel Raymond explica que há evidências de que os assassinatos têm sido feitos de forma indiscriminada: “Em Daraja Oula – um bairro usado por civis para se esconderem –, conseguimos ver uma postura tática nos veículos, que é altamente consistente com homicídios casa a casa.”
A escalada de violência levou milhares de pessoas a fugirem para cidades da periferia. Segundo a ONU, a maior zona de acolhimento de refugiados do Sudão já conta com mais de 650 mil deslocados.