A Assembleia do Livre aprovou esta sexta-feira à noite, com apenas uma abstenção, o apoio à candidatura do deputado Jorge Pinto a Belém. A apresentação oficial da candidatura à Presidência da República decorre este sábado à tarde, em Amarante, de onde é natural.

O Livre argumenta que Jorge Pinto “tem provas dadas na representação dos valores e ideais do Livre” e a sua candidatura “permitirá ao espaço político representado pelo partido e a todas as pessoas que têm confiado nele, ter uma intervenção direta no debate presidencial, dando voz à nossa visão para uma presidência da república progressista e humanista”.

A decisão do Livre está em linha com uma consulta promovida junto de militantes e apoiantes. À pergunta “deve o Livre apoiar a candidatura do membro Jorge Pinto” a Presidente da República, 67,3% (819 votos) dos participantes responderam afirmativamente, 21,31% indicaram estar contra.

O partido questionou também que candidatura de outra área política o Livre deveria apoiar. Aí, 66,2% dos militantes optaram por não indicar qualquer outro nome. António José Seguro reuniu a preferência de 17,63% dos votantes, seguido de António Filipe (8,47%) e de Catarina Martins (4,90%).

Jorge Pinto, nascido em Amarante em 20 de abril de 1987, é deputado do Livre pelo círculo do Porto e uma das figuras mais intelectualmente marcantes do partido. Licenciado em Engenharia do Ambiente e doutorado em Filosofia Social e Política, Jorge Pinto desenvolveu o seu percurso entre a ciência, a filosofia e a política, procurando articular estas dimensões em torno de um objetivo comum: repensar a liberdade, a justiça social e a sustentabilidade no século XXI.

É um dos fundadores do Livre, partido que integra desde a sua origem, e fez parte do seu Grupo de Contacto entre 2014 e 2020, órgão que orienta a estratégia e as decisões coletivas.

Entre as suas principais bandeiras destaca-se o Rendimento Básico Incondicional (RBI), que defende como instrumento de emancipação e justiça social, mas também de resposta à transição ecológica. Coautor do livro ‘Rendimento Básico Incondicional – Uma defesa da Liberdade’, Jorge Pinto apresenta esta proposta como um modo de reforçar a autonomia das pessoas e de repensar o papel do trabalho numa economia sustentável.