O relatório sobre o acidente do elevador da Glória, ocorrido há cerca de três semanas, e que causou 16 mortos e 22 feridos, encontra-se já na fase final, sendo que as conclusões não deixam grandes dúvidas quanto às causas e responsabilidades.
O 24Horas sabe que as conclusões finais do inquérito, que está a ser conduzido pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária (PJ), com a colaboração do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários (GPIAAF), apontam claramente para “falhas graves” a nível da manutenção.
A opção anunciada logo a seguir ao acidente em apenas apresentar as conclusões após as eleições autárquicas de 12 de Outubro próximo, bem como a marcação, por parte de Carlos Moedas, recandidato ao cargo em Lisboa, de uma reunião extraordinária do executivo da autarquia para o dia seguinte ao ato eleitoral, destinada a “divulgar novas informações” sobre o acidente, só vêm reforçar a tese de quem, como o líder do Livre, Rui Tavares, afirma que Moedas “tem medo” do que possa vir a ser o apuramento das responsabilidades.
Recorde-se que, logo após a tragédia ocorrida no passado dia 3, depois de num primeiro momento tentar escapar aos ‘estilhaços políticos’ resultantes do acidente, Carlos Moedas garantiu não ir fugir a eventuais responsabilidades políticas.