As contas eleitorais em Lisboa continuam em aberto, depois de uma intervenção decisiva do Tribunal Constitucional (TC) que anulou um voto e validou outro, reduzindo a diferença entre Chega e CDU para apenas um voto. A disputa pelo terceiro lugar na capital tornou-se um verdadeiro thriller democrático, com a margem mínima a alimentar incertezas e tensões políticas.
O processo começou com a recontagem dos votos, após denúncias de irregularidades e falhas em boletins, algumas das quais impossibilitaram votar no Chega ou na CDU. O TC anulou um voto por marcação incorreta e validou outro, ambos decisivos para o equilíbrio final. Neste momento, o Chega soma 26.755 votos, apenas três acima da CDU, mas há ainda 60 votos por contar, que podem alterar o desfecho e até provocar um empate — cenário que obrigaria à repetição das eleições em Lisboa.
A CDU insiste na necessidade de escrutinar cada voto, defendendo que “a democracia exige rigor e transparência”. Já Bruno Mascarenhas, vereador do Chega, sublinha que “o resultado reflete a vontade popular e a integridade do processo”. A Comissão Nacional de Eleições confirmou falhas nos boletins, aumentando a pressão para uma revisão dos procedimentos eleitorais.
Esta situação expõe fragilidades no sistema eleitoral e levanta questões sobre a confiança dos cidadãos nas instituições. O desfecho permanece incerto, mas uma coisa é clara: cada voto conta — e pode mudar o rumo político da cidade.