Donald Trump, de 79 anos, chegou na manhã desta segunda-feira, dia 13, a Israel para discursar, no parlamento, antes de seguir viagem para o Egito, onde participará numa cimeira internacional dedicada ao cessar-fogo em Gaza.
Antes de começar o seu discurso, Bejamin Netanyahu aproveitou o momento para agradecer pessoalmente ao presidente norte-americano por ter tido um papel importante na paz, declarando que o seu nome ficará “inscrito na história” de Israel e “da Humanidade”. O primeiro-ministro concluiu o seu discurso a revelar que submeteu o nome de Donald Trump ao “maior prémio de Israel”, uma vez que não venceu o Nobel da Paz.
Recebido com uma prolongada ovação, de dois minutos e meio, Donald Trump sublinhou o significado do momento: “Após dois anos horríveis, escuridão e cativeiro, 20 reféns corajosos estão a voltar aos braços da família. Não é só o fim da guerra, é o fim da era do terror e morte e início da era da fé, esperança e Deus. É o início de harmonia duradoura para todos os países do que, em breve, será uma magnífica região.”
Trump aproveitou ainda para agradecer ao seu grande amigo Benjamin Netanyahu, a quem chamou “um homem de excecional coragem e patriotismo”. Quando se preparava para reconhecer o trabalho do seu enviado especial, Steve Witkoff, foi interrompido por um deputado da oposição de esquerda, que começou a gritar no plenário. O homem foi rapidamente retirado pela segurança, sendo a intervenção seguida por fortes aplausos.
O presidente dos EUA agradeceu também aos generais que trabalharam para o acordo mútuo e fez um pedido ao seu enviado especial: “Agora vamos focar-nos na Rússia.”
Para os palestinianos, Trump anunciou que agora é o momento de “reconstruírem o seu povo, em vez de tentar atingir Israel”; já para Gaza, pede para que “o foco total deva estar em reconstruir os fundamentos de estabilidade, segurança, dignidade e desenvolvimento económico para terem uma vida melhor, que os seus filhos merecem depois do horror. Vai ser um milagre, um milagre no deserto. Vai ser incrível. Já é, de alguma forma, mas vão poder passar o tempo a pensar em mais do que guerra e defesa.”