Dois caças da NATO foram destacados para a Polónia com o objetivo de proteger o espaço aéreo do país de eventuais ataques russas, anunciou este sábado, dia 20 o comando militar polaco. A medida surge um dia depois da aliança atlântica ter informado que tinha interceptado três aviões de combate russos na Estónia.
Moscovo rejeitou qualquer violação, garantindo que, sexta-feira (19), três MiG-31 apenas realizaram um voo previamente programado, entre a Carélia e Kaliningrado, enclave russo entre a Lituânia e a Polónia.
De acordo com o Ministério da Defesa russo, o trajeto respeitou as normas internacionais e não atravessou fronteiras de outros Estados.
A NATO, no entanto, reforçou que os caças russos entraram no espaço aéreo estónio, o que levou a aliança e a União Europeia a condenarem a ação como mais uma “provocação” de Moscovo. A Estónia classificou o episódio como uma violação “sem precedentes” e solicitou a ativação do Artigo 4.º do tratado fundador da organização, que prevê consultas entre aliados perante uma ameaça.
Recorde-se que também a Polónia já tinha feito um pedido semelhante após a intrusão de drones russos no seu território.