Jair Bolsonaro foi detido preventivamente por ordem do juiz Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A decisão foi tomada para garantir a ordem pública, evitar interferências nas investigações e impedir novas violações de medidas judiciais.
A prisão está ligada a um dos inquéritos que envolvem o seu filho, Eduardo Bolsonaro. As autoridades investigam se Bolsonaro terá ajudado o filho em ações destinadas a pressionar instituições brasileiras e a influenciar decisões políticas sensíveis, recorrendo inclusive a contactos no exterior. O Supremo entende que o antigo presidente teria usado a sua influência para tentar favorecer Eduardo e proteger a família de consequências jurídicas.
Além disso, a investigação aponta que Bolsonaro violou medidas cautelares impostas pela Justiça — entre elas, a proibição de usar redes sociais direta ou indiretamente. Segundo o Supremo, essas violações aumentaram o risco de interferência no processo e justificaram a conversão da prisão domiciliária em prisão preventiva.
Com a decisão, Bolsonaro foi levado para a superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde deverá permanecer numa sala especial, conforme previsto para ex-presidentes.