A Unidade Local de Saúde São João, no Porto, está a testar o uso de ‘drones’ na área da saúde. Trata-se de um projeto-piloto, que está ainda em fase de testes, e que tem como primeiro passo a construção de um vertiporto – uma área ou estrutura destinada à descolagem e aterragem de aeronaves na vertical.
“Se me pergunta se vai ser possível recorrer a aeronaves não tripuladas [drones] para transporte de medicamentos, sangue, órgãos, um desfibrilhador ou outro material daqui a um, cinco ou mais anos, não poderei dar a resposta. Mas sei que a ULSSJ está a capacitar-se, de acordo com o que são as boas práticas internacionais, de acordo com o que é o conhecimento nesta área internacionalmente, das ferramentas e das condições para que isso seja possível fazer em total segurança”, disse a presidente do conselho de administração, Maria João Baptista.
O projeto-piloto está a ser desenvolvido pela ULSSJ em parceria com o CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento e o laboratório de inovação médica 4LifeLAB. Relativamente às verbas, houve um financiamento específico nacional e europeu, que só do lado do São João rondou os 800 mil euros.
Atualmente, os drones já são utilizados em contextos de catástrofe, de terramotos e maremotos, para transportar medicamentos, sangue e equipamentos a áreas remotas. Apesar da sua eficácia, a passagem deste projeto dos testes à prática só virá a ser possível depois de o processo estar muito amadurecido, regulado e planeado.
Maria João Baptista revelou também que a ULSSJ tem feito voos numa zona específica do hospital, onde não há circulação de pessoas.